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O espaço aéreo de Israel e os canários na mina de carvão
Pode ser difícil de entender o tamanho da agressão ao povo judeu este ataque terrorista na cidade de Halle, Alemanha, que ceifou a vida de dois inocentes que estavam no lugar errado na hora errada e pagaram com sua vida à frustração de um maníaco por não ter conseguido entrar na sinagoga, apesar de muito tentar, para assassinar o máximo de judeus que ali estavam com suas famílias e amigos para suas preces no dia mais sagrado do calendário judaico, o Yom Kippur, dia do perdão.
Este é, sem dúvidas, o dia em que as sinagogas em todo mundo estão com sua lotação máxima, o dia que até os membros menos ligados aos ritos diários da religião, fazem questão de estar presente, participando.
É o momento no ano que paramos por vinte e cinco horas em jejum, de líquidos e sólidos, tratando de empacotar e encerrar todas as lembranças, boas e más, repensadas por dez dias entre Rosh Hashaná (ano novo) e Yom Kippur, é o dia da expiação, o dia que somos confirmados no livro da vida.
É uma rara oportunidade de se recolher, de desligar, de meditar, de rezar, mas também de encontrar, de felicitar, de abraçar, de desejar o melhor, de se aproximar, de se reaproximar, de festejar, de se orgulhar, de amar e ser amado.
Neste dia, de tantas emoções, de tanta exposição e em nosso momento de maior “fraqueza”, somos atacados no seio de nossos templos junto ao que temos de mais sagrado.
No lugar de amor, ódio;
No lugar de alegrias, medo;
No lugar de calma, correria;
No lugar do perdão, castigo;
No lugar de paz, sangue…
O fato é que os judeus são como os canários nas minas de carvão, aqueles primeiros a perceberem o mal que está por vir. Agora, em pleno século XXI, na mesma Alemanha quase setenta e cinco anos após o fim do holocausto que assassinou seis milhões de inocentes pelo único pecado de serem judeus nestes mesmos territórios, é um péssimo recado para toda sociedade livre, é um ataque a todos os amantes das liberdades a todo mundo decente em um momento de crescente antissemitismo em todo planeta mas principalmente no velho continente que teima em incorrer nos mesmos erros, século após século….
Eles querem nosso fim, eles querem que não nos congreguemos, querem o fim de nossas tradições, de nossa luta por um mundo mais justo, de nossa história milenar, de nosso futuro…. Não conseguirão, mas o mundo civilizado precisa parar de mandar condolências e agir, antes que a mina não tenha mais canários para alertá-los.
Na foto, reprodução do mapa do espaço aéreo de Israel durante o dia de Yom Kippur 5780, o único Estado Judaico do mundo, o Judeu entre as Nações.
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