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Datas redondas, datas a serem lembradas…
Este ano nos lembramos de várias datas “redondas” muito importantes para a terra e o povo de Israel.
Há 50 anos a Guerra dos Seis Dias era deflagrada, foi em 5 de Junho de 1967 e após seis dias chegava ao fim com a tão desejada reunificação de Jerusalém e a consequente libertação do Kotel, o Muro das Lamentações, que antes, sob domínio jordaniano, não permitia a presença de judeus em seu local mais sagrado. Desde então todas as religiões tem total liberdade nos locais libertados por Israel.
Lembramos também dos 70 anos da partilha da Palestina Britânica, assim denominada na época. A partilha deste território, com sua população majoritariamente árabe e judaica, que naquele momento estava sob mandato, justamente, britânico (sempre bom lembrar que antes o domínio era dos otomanos, antes dos romanos – na época de Jesus, o menino judeu nascido na Judeia sob domínio romano que só após a revolta judaica passaram a chamar de Palaestina – e antes era dos gregos, dos persas… até voltarmos aos tempos do Reino de Israel com o Templo de Salomão em Jerusalém), teve sua divisão em uma área árabe e outra judaica aprovada pela maioria dos países membros da ONU, sob presidência do brasileiro Osvaldo Aranha, em 29 de Novembro de 1947.
Esta aprovação, além de toda conexão histórica mais que comprovada de várias maneiras, inclusive arqueológicas, é, ou deveria ser, um tapa na tão questionada legitimidade da existência de Israel, aliás cada dia mais em voga.
Foi na prática a realização do sonho, de mais de 2.000 anos, de autodeterminação do povo judeu em poder voltar a governar, comandar e dirigir sua terra ancestral de onde sempre mantiveram presença, mesmo sob domínio de forças estrangeiras, por séculos.
Não poderíamos nos esquecer que há exatos 100 anos foi redigida a declaração de Balfour, a primeira manifestação oficial emitida por uma grande potência a favor da criação de um lar nacional judaico em suas terras milenares.
Foi assinada em 2 de Novembro de 1917 pelo então Secretário de Assuntos Estrangeiros do Reino Unido, Arthur James Balfour e dirigida ao Barão Rothschild, para ser transmitida à Federação Sionista da Grã-Bretanha.
Em pouco mais de 100 palavras reconheceu a enorme necessidade da recriação do primeiro e único Estado judaico. Foi a tão sonhada esperança que o povo judeu, pré-holocausto, precisava. Infelizmente não foi concretizada a tempo, algo que certamente salvaria milhares de vidas. Com a Shoá sua necessidade foi ainda mais urgente.
Last but not least, nos recordamos dos 120 anos do primeiro Congresso Sionista Mundial na Basileia, Suíça, iniciado em 29 de Agosto de 1897 lançou as bases para o moderno Estado de Israel.
Sua histórica importância pode ser resumidamente explicada justamente pelas datas mencionadas neste artigo que culminaram na independência de Israel em 1948, a posterior unificação de Jerusalém e a potência que é hoje.
São tantas datas com tanta história em tanto tempo, sempre recheadas de turbulências e sofrimentos e ao mesmo tempo com o sempre profundo desejo de Shanah Abaah BeYerushalaim, ano que vem em Jerusalém.
É importante recordar estas datas, mesmo em anos não “redondos”, é dai que entendemos como Israel conseguiu chegar, a duras custas com muito sofrimento e enormes perdas, onde está hoje. Mais ainda, é bom lembrar que nada é garantido.
Se hoje Israel está em uma situação bem mais cômoda, onde sua existência propriamente dita já não corre mais tanto perigo como até pouco tempo atrás, o futuro ainda não é garantido.
Temos o Irã com suas capacidades nucleares ainda ativas, temos o Hezbolah com seu arsenal cada vez maior e mais potente, temos o Hamas com seus mísseis já não tão toscos (apesar de sempre mortíferos) agora com melhor mira, maior alcance, e a mesma disposição de sempre, jogar os judeus ao mar!
Como diria George Santayana, “Aqueles que não podem lembrar o passado estão condenados a repeti-lo”
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