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É chegada a hora da virada
Domingo passado tive, mais uma vez, o privilégio de participar do Global Forum do AJC (American Jewish Comitee) organização americana que há mais de 110 anos promove o entendimento entre países e organizações das mais variadas origens, etnias e religiões.
Foram três dias muito intensos, recheados de testemunhos, aprendizado e crescimento através de muitas conversas, debates e trocas de experiências com 2.500 pessoas de mais de 70 países, todos reunidos em Washington DC. É daquelas oportunidades únicas que nos enriquecem e nos dão uma injeção de ânimo para continuar e aprimorar o trabalho em nossas comunidades em todo mundo. Difícil enumerar em curto espaço tudo que vivenciamos, mas tento nestas linhas mostrar um pouco desta incrível oportunidade.
Chamou à atenção o crescente e contundente apoio para Israel por parte de diversos países em todo mundo. Escutamos palavras de profundo agradecimento à Terra Santa vindas do Presidente da Romênia, país quem em 1941, por um breve período, chegou a fazer parte das forças do Eixo, alinhando-se aos nazistas. Do Presidente Cipriota, Estado que tempos atrás era um dos mais ativos dentre os não-alinhados a atacar rotineiramente Israel na ONU, nesta oportunidade, Nicos Anastasiades, deixou claro sua gratidão com a relativamente recente mas cada vez maior cooperação com Israel em diversas áreas de suma importância para seu país. Já Sebastian Kurz, o jovem Ministro das Relações Exteriores da Áustria em um sincero relato reafirmou a lastimável responsabilidade austríaca durante o Holocausto e o compromisso de educação continuada para que esta vergonha nunca mais aconteça, em seguida, de maneira enfática, ele pontuou seu apoio e crescente parceria com Israel, além de seu compromisso com a cada dia mais importante luta contra o antissemitismo na Europa. Também ouvimos in loco as palavras do Sr. Vivian Balakrishnan, Chanceler de Singapura, que veio exclusivamente para o Global Forum e nos contou sobre os antigos laços entre os judeus que ajudaram a construir seu país e posteriormente com Israel. Ele nos contou que durante o processo de independência de Singapura, em 1965, ao solicitar ajuda de vários países para a formação de suas forças armadas um único país respondeu prontamente a seu pedido, Israel!
Logo na primeira noite, fomos especialmente recepcionados na linda embaixada do Brasil com o Embaixador para os EUA, Sr. Sergio Amaral, um verdadeiro amigo da comunidade judaica e admirador do Estado de Israel.
Na manhã seguinte, recebemos nos quartos do hotel que estávamos hospedados a edição daquele dia do The Wall Street Journal que apresentou em uma página inteira a agradável surpresa do apoio de nada menos que 50 governadores de Estados Americanos unidos em suporte à Israel e contra a lastimável campanha de BDS (Boycott, Divestment and Sanctions) que visa o fim do Estado Judaico.
Em um dos momentos mais emocionantes do congresso escutamos a historia do Rabino Dov Haiyun da cidade de Haifa que teve sua pequena sinagoga profundamente danificada pelos incêndios criminosos que arrasaram florestas e deixaram 70.000 desabrigados em novembro de 2016, no norte de Israel. Ao se deparar com o estado de sua sinagoga e com vários compromissos previamente agendados ali decidiu pedir ajuda no que foi rapidamente atendido por dois outros lideres religiosos da região, o Sheik Amir Muhammad Sharif Ode e o Padre Maronita Yousef Yakoub que juntos arrecadaram fundos, materiais e pessoal para a reforma da sinagoga, além de oferecerem cama, comida e até abrirem suas casas para os que tiveram que ser evacuados, independente de sua religião. São historias assim, apenas em Israel, que nos fazem crer em um futuro melhor, de parcerias, de coexistência e de paz verdadeira.
Em diversas conversas laterais com pessoas dos mais diversos países, muitos não judeus, vários sem sequer com relações diplomáticas formais com Israel, pude confirmar informações que pipocam cada vez mais sobre a já enorme influência que Israel tem em todo mundo, inclusive e cada vez mais forte no mundo árabe, através de suas soluções tecnológicas, médicas, ecológicas entre tantas, mostrando que seu poder é crescente, inclusive entre países que até pouco tempo eram seus algozes ou no mínimo ferrenhos detratores. Recentemente, de maneira inédita e impensável até pouco tempo, o Embaixador de Israel na ONU, Danny Danon, foi eleito Vice-Presidente da Assembleia Geral da ONU pelo período de um ano.
Somando isto tudo às noticias da quebra de relações diplomáticas de vários países árabes, especialmente os do Golfo Pérsico com o Qatar, país que continuamente patrocina diversos grupos terroristas como o Hamas, e a clara percepção de que o verdadeiro inimigo não é Israel, mas sim os estados e grupos extremistas, nos fazem crer que é chegada a tão desejada hora da virada, que o Estado de Israel, apesar dos ainda constantes ataques em diversos órgãos internacionais, é cada dia mais respeitado e solicitado, é cada vez mais influente e poderoso. Bons ares nos aguardam e a terrinha, sempre tão castigada, pode começar a respirar um pouco mais aliviada.
Ariel Krok
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