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Andre Lajst

Os bilhões de dólares dos líderes Palestinos

Não há duvidas entre os estudiosos do conflito palestino\israelense, que a população palestina tem passado sofrimentos em vários aspectos de suas vidas sociais. Não há duvidas também entre a maioria das pessoas informadas no mundo de que Israel é um país rico e moderno que exporta todos os tipos de tecnologia mundo a fora.

Um leigo então, vendo este quadro desigual, concluiria que a riqueza israelense está conectada com a pobreza palestina, fazendo uma ligação direta entre Israel e o sofrimento palestino. Porém, se entrarmos a fundo nas contas bancárias de líderes e empresários palestinos de Gaza e da Cisjordânia, vemos que na verdade a situação é outra.

Segundo a inteligência de Israel e outras fontes internacionais, quando Yasser Arafat faleceu em 2004, sua fortuna era estimada entre US$ 1 bilhão e US$ 3 bilhões. Agencias de noticias e institutos de pesquisa do oriente médio dizem em seus jornais e artigos que a viúva de Arafat vive em Paris hoje em dia com um orçamento de US$ 1 milhão ao mês. Recentemente um instituto de pesquisa israelense fez uma conta matemática simples ao somar toda ajuda internacional financeira que a Autoridade Palestina recebeu de países do mundo inteiro desde 1993, após os acordos de Oslo: US$ 30 bilhões. Este valor, per capita, equivale a dez vezes mais do que o plano Marshal para recuperação da Europa após a segunda guerra mundial.

A revista Forbes recentemente postou em seus meios de comunicação a fortuna de outros líderes palestinos. Ismail Haniyeh, o popular Primeiro Ministro do Hamas em Gaza, chefe do braço politico do grupo terrorista que usa civis como escudo humano e há alguns anos enviou dezenas de jovens palestinos a se explodirem em Israel, possui nada menos do que uma fortuna pessoal estimada em US$ 3.5 bilhões. Muitos atribuem esse valor à alguns fatos: Haniyeh controla pessoalmente túneis de tráfico de produtos na fronteira entre Gaza e o Egito e cobra taxas exorbitantes de empresários Palestinos para trazerem seus produtos a região costeira palestina. O Hamas também recebe parte dos recursos do orçamento anual da Autoridade Palestina que por sua vez é proveniente de impostos da população palestina e ajuda internacional dita aqui nesta postagem. Em outras palavras, dinheiro publico oriundo da vontade de muitos países em ajudar a população e a economia palestina.

Líder do Hamas em Gaza, Haniyeh (direita) no avião em avião particular. ( Foto não foi tirada em Gaza)
Líder do Hamas em Gaza, Haniyeh (direita) em avião particular. ( Foto não foi tirada em Gaza)

O líder supremo do Hamas hoje, Khaled Mashal, também segundo a revista Forbes, é dono de uma fortuna de US$ 2.6 bilhões. Mashal vive confortavelmente no Qatar, o país mais rico do mundo per capita.

Líder supremo do Hamas, Khaled Mashal, fazendo ginastica em sua academia particular em sua residência, no Qatar.
Líder supremo do Hamas, Khaled Mashal, fazendo ginastica em sua academia particular em sua residência, no Qatar.

Assim também vive o segundo na lista do Hamas, Dr. Musa Abu Marzook, que segundo a mídia internacional, incluindo um dos maiores jornais árabes do mundo, o Arshaq Al-Awsad, Dr Musa possui uma fortuna estimada entre US$ 2 bilhões à US$ 3 bilhões. Dr Musa mora confortavelmente no Cairo, Egito.

O atual Presidente da Autoridade Palestina, Mahmoud Abbas tem uma fortuna estimada em mais de US$ 500 milhões segundo institutos de pesquisa americanos. Este valor não conta o valor da fortuna dos filhos do Presidente Palestino, também avaliados em centenas de milhões de dólares.

Por fim, podemos falar de inúmeros políticos palestinos que há 20 anos, desde o começo do processo de reconhecimento internacional detém o controle de todo dinheiro público que é transferido para a Autoridade Palestina. Além de países doadores como o Brasil ou os EUA por exemplo, existem grandes instituições de caridade internacionais que doam verbas para projetos específicos como a construção de clinicas ou escolas. Esse dinheiro porém é, eventualmente, controlado pela própria Autoridade Palestina.

Independente se há um avanço no processo de paz com Israel, é de se esperar que a liderança palestina invista os recursos destinado aos palestinos, nos próprios palestinos e não em luxo ou salários milionários. Não somente a sociedade palestina deveria protestar veementemente contra essas informações, mas toda a comunidade internacional e em especial, os grupos pró palestinos.

About the Author
André Lajst, originalmente de São Paulo, fez Aliah em 2006. Ele estudou Bacharelado e Mestrado na IDC Herzlyia onde se especializou em Governo, Politica, Contra-Terrorismo e sobre o conflito árabe Israelense. André serviu ao exercito de Israel por 2 anos onde foi pesquisador na força aérea. Hoje André mora no Rio de Janeiro onde é Diretor Executivo do Hillel Rio. André também é palestrante sobre diversos temas de Israel e conflitos na região. Andre Lajst, originally from Sao Paulo Brazil, came on aliyah in 2006. He studied for his BA and MA at the IDC in government, specialising in Counter-Terrorism, Middle East and Homeland Security. Andre served in the Israel Air Force as a researcher for two years. Today André lives in Rio where he is the Executive Director of Hillel Rio and lecture troughout the country about the Israeli Palestinian conflict and peace process. Andre can be reached at : andrelajst@gmail.com