Sauditas em Israel: BDS impopular entre os árabes
Nos últimos dias temos visto uma verdadeiro alvoroço de postagens nas mídias sociais sobre o show de Gil e Caetano em Israel. O movimento BDS, o qual defende a aplicação de boicotes, desinvestimentos e sanções contra Israel não conseguiu impedir que a famosa dupla do Brasil se apresentasse em Tel Aviv. O show foi um sucesso.
As pessoas que são criticas de eventuais atitudes do governo de Israel tem claro o direito de emitir sua opinião e de protestar sempre e quando respeitem o direito dos outros. Assim funciona uma democracia decente e assim que se espera de pessoas esclarecidas e responsáveis.
Porém o movimento BDS não acredita em dialogo, não acredita em aproximação, não acredita em Paz.
Com o aumento do terrorismo radical islâmico ao redor do mundo, a existência do ISIS ( Daesh) e outros grupos ameaçam de maneira preocupante a integridade e soberania de muitos países da região. A “amizade” entre Israel e os países árabes “moderados” aumentou relativamente muito nos últimos anos. Interessante notar que em 1968, após a guerra dos 6 dias, a liga árabe foi ao Sudão declarar os três famosos “nãos”: Não a negociações, não ao reconhecimento e não a Paz com Israel.
Hoje em dia, passados quase 50 anos, os países árabes não aderem ao BDS, visitam Israel, tem reuniões secretas, desenvolvem relações e em muitas ocasiões se deixam até fotografar. Os países árabes entenderam que Israel não é o problema do Oriente médio, entenderam que entre eles e o Estado Judeu há muito mais interesses do que se imaginava.
Os países árabes conseguiram enxergar Israel diferente e 50 anos depois dos ” nãos” no sudão, muitos “sim” são entonados em varias capitais do Oriente Médio. No caso, o BDS, os atuais defensores e adeptos dos “nãos”, estão agora preenchendo o lugar que os países árabes estiveram. Assim como os países árabes estiveram do lado errado da história na década de 60, o BDS hoje segue os mesmos trajetos e possivelmente terá o mesmo fim.
Quem sabe num futuro, o amigo Saudita no carro não explica aos amigos do BDS o lado errado da história que os mesmos estão percorrendo.