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Ariel Krok

Um Mundo Maluco

Quando eu era criança criei com um amigo o “mundo maluco”, um mundo onde tudo estava errado, tudo era do contrário. Neste mundo a gente lavava o cabelo com manteiga e geleia, ia para a escola em um cavalo alado e só tinha que ir dormir na hora um milhão em ponto.

Agora que sou um adulto, o mundo maluco parece um pouco diferente. Veja como eu enxergo então …

1. No mundo maluco nós boicotamos, removemos os investimentos e sancionamos a nação tecnicamente mais avançada do mundo. Nós banimos as interações com o país que possui o desenvolvimento médico mais sofisticado e que salvam vidas em todo planeta. Mas usamos exatamente as mesmas tecnologias que eles fornecem ao mundo, como ferramenta para promover o BDS(I) contra este mesmo país.

2. No mundo maluco nunca aprendemos lições do passado. O Judenfrei (II) da década de 1930 evolui para o Zionistfrei dos anos 2010, mas ninguém vê os paralelos assustadores. Na verdade, chegamos ao ponto de negá-los.

3. No mundo maluco os colonizadores imperialistas têm um dos menores países do mundo, e não o maior. É tão pequeno que fica até difícil achar no mapa-múndi. Sua luta é apenas para um pequeno pedaço de terra que já lhes foi garantido a duras custas.

Localização de Israel no globo!

4. No mundo maluco os racistas são aqueles cujo país oferece direitos justos e iguais a todos seus cidadãos, de todas as raças, religiões, cores e credos… para não mencionar todas as orientações sexuais e políticas.

Parada LGBT em Israel, uma das maiores do mundo, a Única no Oriente Médio!

5. No mundo maluco, vemos como o oprimido o país cuja parte do governo é de um grupo paramilitar reconhecido como terrorista pela Europa e EUA e mesmo assim com financiamento e apoio internacional. Da mesma forma, rotulamos como vítima, este mesmo país que procura causar tanta morte e destruição indiscriminada quanto possível à população vizinha e a sua própria também.

6. No mundo maluco o Apartheid é sinônimo de igualdade e de paridade. Só pode existir em um país racialmente integrado por completo, onde cada pessoa se beneficia dos mesmos direitos iguais que qualquer outro cidadão.

Miss Israel 2013: Yityish Aynaw, de uma menina pobre brincando descalça em uma vila etíope até a rainha da beleza israelense..

7. No mundo maluco, o único país que o mundo exige fronteiras abertas é também o único país que está cercado por todos os lados de inimigos com infraestruturas terroristas conhecidas, cuja intenção eterna e declarada é entrar neste país para destruí-lo.

8. No mundo maluco, se defender é ofensivo. E a auto defesa não é permitida. Nem a ofensa.

9.No mundo maluco, genocídio é quando um país que é forçado a entrar em guerra adverte todos os civis do país inimigo, perdendo assim todo fator surpresa importantíssimo em conflitos, apenas para desocupar a área onde eles estarão realizando missões táticas para fazer tudo o que puderem para garantir o mínimo de baixas. Se a presença de mulheres, crianças e civis é detectada, o país “genocida” certamente cancelará o ataque.

10. Em relação ao mundo maluco, você não pode acreditar em quase nada que você lê. A mídia geralmente relata propaganda tendenciosa, meias verdades e mentiras flagrantes.

11. No mundo maluco, 3.000 anos de história nunca ocorreram de verdade e tudo que foi encontrado e comprovado está fadado a uma revisão.

12. No mundo maluco, o país que toma as dores e restrições mais profundas para não ir à guerra e não infligir danos colaterais é acusado de crimes de guerra. Por outro lado usar mulheres e crianças como escudos humanos, lançar misseis intencionalmente desde escolas, hospitais e templos atraindo uma resposta a estes mesmos lugares, construir túneis subterrâneos para realizar ataques terroristas e lançar o máximo possível de misseis indiscriminadamente para matar o maior número possível de pessoas não são crimes de guerra.

13. No mundo maluco, a ONU permite que os piores infratores dos direitos humanos se sentem em seu Conselho de Direitos Humanos e as maiores ameaças à paz global para se sentarem no seu Conselho de Segurança. Da mesma forma, aprova mais de 50% de todas as suas resoluções disciplinares contra um único e minúsculo país – a única democracia da região – mesmo diante de um verdadeiro genocídio, terrorismo e assassinato em massa ocorrendo em grande escala nos países que o cercam.

Condenações no Conselho de Direitos Humanos da ONU entre 2006 e 2015.

14. No mundo maluco, damos credibilidade às pessoas que negam a maior atrocidade humana da era moderna, apesar das enormes quantidades de documentação indiscutível, das memórias dos sobreviventes e da admissão dos autores do crime.

15. No mundo maluco, você não pode ganhar. Você só pode perder. Não importa o que.

O que me leva a perguntar com raiva e frustração …  que tipo de mundo maluco estamos vivendo, afinal?

I: BDS são as iniciais de Boicote, Desinvestimento e Sanções, um movimento antissionista e muitas vezes antissemita, que busca o fim do Estado de Israel.

II: Judenfrei,, palavra alemã usada pelos nazistas para indicar áreas livre de judeus.

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Texto baseado na livre tradução e adaptado do artigo da minha companheira de JDCorps/WJC, Shana Meyerson com autorização dela. Foi publicado inicialmente no Blog do Times of Israel (https://blogs.timesofisrael.com/in-crazy-world/).

About the Author
Ariel é administrador de empresas formado em Comercio Exterior no Mackenzie, tem um MBA em Marketing na ESPM e Curso de Especialização em Liderança Empresarial e Comunitária na Instituição de ensino superior e pesquisa Insper e no Instituto Rutenbergem em Haifa - Israel. É palestrante ativo com apresentações em escolas, sinagogas, centros comunitários, igrejas, clubes, etc, com 25 anos de voluntariado comunitário como monitor, instrutor, dirigente e diretor de instituições. Há mais de 25 anos é um estudioso e entusiasta da historia, política, diplomacia e geografia no mundo mas principalmente do Oriente Médio. Morou em Israel e já retornou mais de uma dúzia de vezes para lá e para outros países da região (Egito, Territórios Palestinos ..). Em várias oportunidades teve contatos, encontros, discussões com diversas autoridades, formadores de opinião e jornalistas, em Israel, EUA e Brasil. Escreve artigos publicados em diversas mídias, como a Revista Shalom, Blog do Jornal Times of Israel, Al Arabyia, Tribuna Judaica e Portais como Pletz, WebJudaica, sites, etc ... Um dos nove membros do SC (Steering Committee) do JDC (Jewish Diplomatic Corps) braço diplomático do WJC (World Jewish Congress) guarda-chuva de mais de 100 comunidades em todo mundo, membro do Congresso Judaico Latinoamericano onde atua ativamente há mais de 10 anos com contato inter-religioso e Diretor do Taglit Birthright Israel.
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